É no ambiente de apoio ou oposição a D. Beatriz que surge uma figura importante para o desfecho do problema: D. João Mestre da Ordem Militar de Avis.
Blog da disciplina de HGP 5º ano da escola básica Professor Pedro d'Orey da Cunha
quarta-feira, 30 de abril de 2014
A CRISE DO SÉCULO XIV: FOME, PESTE E GUERRA
No século XIV, a Europa vai passar por um período terrível.
Portugal é atingido por vários anos de alterações climáticas, com cheias e secas, que afetam grandemente a agricultura e provocam fome. Para agravar a situação, a grande mortalidade e a fuga de pessoas para as cidades mais ricas, faz com que haja falta de gente para trabalhar nos campos.
Como se não bastasse a fome, a Peste Negra chegou a Portugal em 1348 (em cinco anos, esta epidemia matou cerca de um terço da população europeia - mais ou menos 25 milhões de pessoas).
E a guerra não tardou...
O rei D. Fernando entrou em guerra, por três vezes, com Castela.
No final desses confrontos, uma das condições para a paz foi o casamento do rei castelhano com a única filha do rei de Portugal, D. Beatriz, em 1382.
D. Fernando, então com 37 anos, esperava vir a ter mais filhos do casamento com D. Leonor Teles. Porém, morreu poucos meses depois e deixou a herdeira do trono de Portugal casada com o rei de Castela.
Leonor Teles assumiu a regência e mandou aclamar D. Beatriz rainha de Portugal, o que punha em risco a independência do país.
D. Beatriz era apoiada pela maioria da nobreza e do clero, mas a generalidade do povo opunha-se.
E cá estamos nós à beira de uma guerra entre portugueses...
PEDRO E INÊS
Na aula, os meninos do 5º D mostraram-se muito curiosos com a história de amor entre o rei D. Pedro (neto de D. Dinis) e de D. Inês de Castro.
D. Pedro casou com D. Constança mas apaixonou-se por uma dama chamada Inês de Castro, com quem teve quatro filhos.
Por questões políticas com Castela, o rei D. Afonso IV, pai de D. Pedro, mandou matar D. Inês. O príncipe revoltou-se contra o pai e assim que se torna rei manda matar os assassinos de Inês de Castro.
D. Pedro mandou construir dois túmulos - obras-primas do estilo gótico - e mandou colocá-los frente a frente no Mosteiro de Alcobaça. Depois, mandou trazer de Coimbra os restos mortais de D. Inês.
A partir daqui, nasceu uma lenda. Conta-se que o rei teria mandado coroar Inês, morta seis anos antes, como rainha de Portugal e obrigado os poderosos do reino a beijar a mão da rainha-cadáver.
Se é verdade ou não, não se sabe. O que é certo é que o rei mandou representar D. Inês, no seu túmulo, coroada como rainha de Portugal. Também Luís de Camões, dois séculos mais tarde, escreve em "Os Lusíadas" «Aquela que depois de morta foi rainha».
sábado, 12 de abril de 2014
A VIDA QUOTIDIANA NA CORTE
Como sabem, o rei era a autoridade máxima do reino:
- fazia as leis,
- aplicava a justiça em crimes graves,
- protegia a Igreja,
- decidia a paz ou a guerra
Nas suas decisões, o rei tinha o auxílio do Conselho (conjunto de pessoas da confiança do rei que o acompanhavam nas deslocações da Corte pelo país) e das Cortes (constituídas pelos representantes dos três grupos sociais - clero, nobreza e povo - e convocadas pelo rei).
Durante os períodos de paz que se seguiram à reconquista, os reis tiveram tempo para se dedicarem ao desenvolvimento económico e cultural do país.
Um dos melhores exemplos é o rei D. Dinis: além de ter tido uma forte intervenção no desenvolvimento da exploração agrícola e do comércio do reino, criou os Estudos Gerais (a 1ª Universidade em Portugal), tornou o Português a língua oficial do reino (em vez do latim) e promoveu o desenvolvimento da poesia, sendo ele próprio um poeta notável.
A sua Corte era famosa pelos músicos, jograis e trovadores que a frequentavam.
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REINO DE PORTUGAL NO SÉCULO XIII
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